A região das Minas do Camaquã é dotada de um patrimônio paisagístico de riqueza singular. Ao cruzar a estrada de acesso à Minas do Camaquã é possível observar uma série de feições geomorfológicas denominadas Guaritas, que contam uma história pouco conhecida sobre a evolução geológica da região.
As camadas de sedimentos inclinadas, típicas de ambientes fluviais e marinhos, recobertas por camadas horizontais de sedimentos de antigas dunas, sugerem a ocorrência de dois ciclos marcantes na história geológica da região: um período em que as águas do mar banhavam a atual área das Guaritas, seguido de um período influenciado pelo clima desértico.
Atualmente, as Guaritas compreendem belas feições geomorfológicas, com vários morros de aparência ruiniforme.
O aspecto ruiniforme é resultado da erosão diferencial, a qual é intensificada em zonas mais permeáveis, ou seja, nas fraturas das rochas que facilitam e orientam a erosão pluvial predominante e as alterações químicas e biológicas que também são intensificadas nessas zonas de fraturas.As formas do relevo, caracterizadas por morros isolados esculpidos por processos erosivos, formou grutas e abrigos, utilizados como guaritas e casamatas e foi lugar para guarda e emboscadas durante a Revolução Farroupilha, daí advindo o nome “Pedras das Guaritas”.
Do alto do Morro da Cruz, é possível observar, além da bela paisagem natural do local, a infra-estrutura urbana da vila, com suas casinhas peculiares que pertenceram aos operários das minas, além da represa do Arroio João Dias e as ruínas dos edifícios que foram construídos para o beneficiamento de minério.
Entre o Morro da Cruz e o Morro do Engenho, escoam as águas do Arroio João Dias que, durante o verão, é utilizado para o lazer, em um ambiente de areias claras, agradável e arborizado.
















